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quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

5 Hospitais Abandonados Sinistros e Mal Assombrados!

Hospitais são locais carregados, devido é claro a tudo que o envolve. Nesta postagem vamos conhecer cinco que vão fazer você horrorizado com o que acontecia no local e que hoje são locais abandonados, onde muita coisa sobrenatural acontece....

05- Estância de Saúde Grabowsee

A estância de saúde Grabowsee é um antigo sanatório para tuberculosos localizado em Grabowsee, a cerca de 30 km ao norte de Berlim, na cidade de Oranienburg, distrito de Oberhavel em Brandemburgo, Alemanha. Foi o primeiro sanatório de tuberculose do norte da Alemanha e foi fundado em 1896 pela Cruz Vermelha Alemã.

Na segunda metade do século XIX, o número de pacientes com doenças pulmonares na Alemanha subiu acentuadamente. Cerca de um terço de todos os pacientes entre as idades de 15 e 60 anos tinham tuberculose pulmonar.

A estância de saúde Grabowsee foi da Associação Nacional de Cura para a Cruz Vermelha, inicialmente planejada como uma instalação de teste. Deveria ser investigado se os pacientes com tuberculose também poderiam ser tratados com sucesso nas terras baixas da Alemanha do Norte. Até então, a medicina supunha que as doenças pulmonares só podiam ser melhoradas ou curadas no clima ameno do Mediterrâneo ou no puro ar da montanha. Como via de regra naquele tempo, sanatórios como o Grabowsee eram situados em locais altos e arejados, proporcionando um contato direto com a natureza.

Assim, em 1896, foi criado o primeiro resort de saúde pulmonar no norte da Alemanha. No ano de 1900, 200 leitos já estavam disponíveis para pacientes com doenças de leves a graves. Durante os quatro anos da Primeira Guerra Mundial, Grabowsee foi utilizado como hospital pela Cruz Vermelha para o tratamento de soldados com tuberculose. Até 1918, os prisioneiros de guerra também estavam alojados nesse complexo.

No entanto, a guerra e a inflação também trouxeram ao resort de saúde, grandes dificuldades econômicas. O Heilstätte Grabowsee que era administrado pela Cruz Vermelha e voltado para a classe trabalhadora, foi assumido após a Primeira Guerra Mundial pela Companhia de Seguros de Brandenburgo em 1920.

A partir de 1926, edifícios adicionais foram construídos. O arquiteto Arnold Beschoren foi responsável pela expansão e renovação do complexo, de modo que o número de leitos existentes dobrou para cerca de 420 até a década de 1930.

Graças à descoberta de antibióticos, a tuberculose foi curada mais rapidamente, as longas internações hospitalares deixaram de ser necessárias e as instalações deixaram de ser utilizadas medicamente. Depois da Segunda Guerra Mundial, o complexo foi utilizado de 1945 a 1995 como hospital militar soviético.

Desde então está abandonado e devido ao seu passado, onde dizem experimentos cruéis foram feitos em humanos, transformou as ruínas que restam em um local para destemidos, onde vão encarar seus medos e os fantasmas que acreditam que vivem no local.

Várias empresas comerciais tentaram renovar o lugar mas fracassaram. Havia uma pequena igreja construída ao lado do lago na época, mas foi queimada por vândalos em 2007.

De tão sombrio, o local serviu de locação para o filme "O Manicômio", que estreia dia 03 de janeiro nos cinemas, tornando-se assim o primeiro terror de 2019.

O filme fala de um grupo de youtubers entram ilegalmente na sessão de cirurgia em um santuário perto de Berlim para um desafio de 24 horas, com a esperança de viralizar o vídeo. Não demora muito para eles descobrirem que não estão sozinho e não são bem-vindos.

Bem perturbador e agoniante né? Que tão então começar o ano assistindo um filme de terror nos cinemas?


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04- Sanatório Waverly Hills

Considerado como um dos lugares mais assombrados da Terra, diz-se que o Sanatório de Waverley Hills abriga uma misteriosa mulher acorrentada, que pode ser vista correndo do prédio agora abandonado; um garoto chamado Timmy, obcecado por jogar bola; uma garota sem olhos chamada Mary e a notória Sala 502, onde a porta se fecha se você ousar entrar em suas quatro paredes.

Construído em 1910 em Jefferson County, Kentucky, o Sanatório de Waverley Hills foi em parte uma resposta à pandemia da tuberculose que varreu grande parte dos Estados Unidos no início do século. O asilo foi imediatamente inundado de pacientes doentes e teve que ser expandido quase imediatamente após a conclusão. A taxa de mortalidade era excepcionalmente alta para a tuberculose, com a grande maioria dos diagnosticados morrendo da doença. Aqueles que sucumbiram à doença fizeram sua última jornada para fora do prédio através do "Death Tunnel [Túnel da Morte]", uma rampa de 150 metros que foi usada para descer os corpos do hospital até o sopé da colina sobre a qual se assentava.

Devido ao pensamento aceito da época, os pacientes eram frequentemente deixados sozinhos no telhado do prédio, já que o ar fresco era supostamente a chave para combater a doença. Aliás, muitas pessoas relataram ouvir passos e vozes no telhado. Luzes também foram vistas ligadas no prédio, apesar não ter eletricidade. A sala 502 foi o local de pelo menos dois suicídios: em 1928, uma jovem mulher se enforcou na sala, e em 1932, uma enfermeira saltou para a morte de sua janela. O terreno foi comprado recentemente por um casal que diz que planeja abrir o complexo como um resort quatro estrelas para entusiastas de atividades paranormais e caçadores de fantasmas. Talvez eles e seus visitantes recebam um pouco mais do que esperavam, especialmente se ficarem no quarto 502.

Já fiz um vídeo sobre o local, confira abaixo:

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03- Asilo Trans-Allegheny para Loucos

Considerado um dos lugares mais assombrados dos Estados Unidos, o Asilo para Loucos Trans-Allegheny tem sido associado a eventos estranhos e teorias suspeitas desde que suas fundações foram estabelecidas pela primeira vez. O fato de que se diz que ele se assenta em 666 acres de terras apenas adicionou combustível a essas teorias, 666 sendo o alegado "Número da Besta".

Alguns dizem que as dimensões do edifício são resultado de antigas fórmulas maçônicas. Foi uma coincidência que, depois que as fundações e as paredes tivessem sido construídas por prisioneiros, pedreiros especiais fossem trazidos da Europa, especificamente para trabalhar nos elementos mais sutis do trabalho em pedra? Provavelmente, mas ainda tem certas engrenagens girando na mente das pessoas.

A construção do asilo começou em 1858 e levou mais de 20 anos para ser concluída, com o término oficial em 1881. Os pacientes já estavam sendo admitidos desde 1861. Embora o plano inicial fosse abrigar 250 pacientes, houveram períodos em que foram abrigadas mais de 2.000 pacientes. Tal como acontece com muitas instituições mentais e asilos do seu tempo, alguns dos tratamentos realizados são agora considerados cruéis e primitivos, incluindo lobotomias, tratamentos químicos e eletrochoques rudimentares. As paredes do asilo testemunharam muita dor e medo ao longo dos anos.


Assombrações no dia-a-dia são bem documentadas, com figuras sombrias sendo vistas, pessoas sendo fisicamente empurradas contra paredes, batidas ouvidas em canos nas paredes, e a suposta aparição física de um cão “demônio” negro , todos sendo experimentados por investigadores paranormais. Em março de 2013, a Ghost Research Society  realizou sua própria investigação. Usando equipamento de gravação especializado, eles conseguiram gravar o que eles alegaram ser vários gritos de assombração, bem como vozes fantasmagóricas que responderam às suas perguntas. Eles também capturaram uma imagem de uma suposta pessoa das sombras em seu equipamento de gravação de vídeo.

02- Hospital Psiquiátrico de Trenton

Originalmente conhecido como o Asilo de Loucos de Nova Jersey,  o Hospital Psiquiátrico de Trenton sempre prestou um atendimento geralmente muito bom a seus pacientes desde que foi inaugurado em 1848. Isso antes de o Dr. Henry Cotton assumir o controle. Ele trouxe idéias supostamente “novas” sobre doenças mentais, e muito sofrimento se seguiu.

Cotton chegara à conclusão de que a doença mental era de fato causada por infecções do corpo. Para testar e provar sua teoria selvagem, ele começou a remover os dentes infectados dos pacientes e até mesmo amputar os membros infectados. As atividades do Dr. Cotton foram suspensas em 1924 após terem relatado preocupação sobre seus métodos, mas o senado estadual de Nova Jersey acabou aprovando suas práticas. Ele voltou ao trabalho em 1925. Como os antibióticos não eram amplamente usados na época, quase metade dos pacientes do Dr. Cotton morreu sob seus cuidados. Ele se aposentou em 1930, mas o asilo continuou a colocar seus métodos em prática até a década de 1950. 

Muitos pesquisadores e investigadores paranormais afirmaram ter visto o Dr. Cotton no antigo terreno. Pacientes, alguns com membros ausentes, também foram vistos. No entanto, não existe evidência fotográfica para respaldar essas alegações.

01- Ilha Poveglia

Em 1922, os edifícios da ilha italiana de Poveglia, perto de Veneza, foram reformados e usados como asilo de loucos. Eles já tinham um passado longo e sombrio.

As lendas afirmam que nos tempos romanos, a ilha era usada para conter as vítimas da peste, que eram essencialmente deixadas para morrer ali. Muitas guerras também foram travadas no pequeno pedaço de terra e, no final do século XVIII, tornou-se novamente uma área de quarentena para os doentes. Talvez a história sombria tenha afetado o asilo infame e seus pacientes. Muitos diziam que viam figuras estranhas e ouviam vozes vindas do nada.

Uma lenda em particular se destaca: um médico do asilo decidiu realizar lobotomias, assim como outros experimentos macabros e sinistros, com seus pacientes. Segundo a lenda, o médico começou a ouvir as vozes dos fantasmas na ilha, que, talvez em retribuição por suas ações, voltaram sua atenção para ele. Ele finalmente caiu da torre do sino, vindo a falecer. Outras lendas afirmam que o corpo dele foi emparedado no prédio do asilo.

O asilo em si foi fechado no final dos anos 60, mas as histórias de acontecimentos estranhos continuaram, particularmente para aqueles que tentaram comprar a terra. Uma família queria construir uma casa de férias na ilha. Embora eles não entrem em detalhes por que, de repente, eles mudaram de idéia e deixaram a ilha, para nunca mais voltar, rumores locais afirmam que a filha da família sofreu uma lesão no rosto que precisou de pontos. A ferida foi supostamente causada por um espírito ou fantasma que violentamente a atacou.

Gostaria muito de agradecer ao Rusmea e ao Ricardo, que traduziram o material desta postagem.

Fontes (acessadas em 19/12/2018):
- Abandoned Berlin: Heilstätte Grabowsee - TB or not TB
- Listverse: 10 Haunted Asylums With Extremely Dark Pasts
- AssombradO.com.br: O Sanatório de Waverly Hills: História, "Túnel da Morte", Fantasmas, Vídeos etc

terça-feira, 23 de outubro de 2018

5 Experimentos Médicos Chocantes #OperaçãoOverlord

Infectar cobaias com doenças de todos tipos, choques elétricos, transplante de cabeça, derrubar vômitos no olhos para mostrar que uma doença não é contagiosa e até autópsias e dissecações em indivíduos vivos. Vamos conhecer alguns dos terriveis e chocantes experimentos feitos ao longo dos tempos com os mais diversos objetivos...

Assombrados, a medicina hoje é bastante desenvolvida, com verdadeiros milagres sendo feitos pelos médicos e equipe. E para chegar a esse nível, muitos estudos foram feitos, mas alguns realmente se destacam pelo grau de crueldade ou de bizarrice. Alguns foram feitos em Universidades e hospitais, já alguns dos piores foram feitos em épocas de guerra.

E falando em experimentos e guerras, estreia hoje nos cinemas Operação Overlord, produzido por J.J. Abrams e que conta a história de uma tropa de paraquedistas americanos que é lançada atrás das linhas inimigas para uma missão crucial. Mas, quando se aproximam do alvo percebem que não é só uma simples operação militar e que existem outras coisas acontecendo no lugar, que está ocupado por nazistas.

Pelo trailer nós podemos ver que o filme promete muita ação e que vamos ter muitos momentos tensos, com bastante SANGUE! Eu vou chamar a Ana para assistir :) Quem sabe a gente se encontra lá? Assista o trailer e depois se prepare para ver do que o ser humano é capaz...


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05- Josef Menguele

Exemplo máximo de cientista desumano, o nazista conhecido como "Anjo da Morte" cometeu todo tipo de atrocidade em sua busca pela "raça pura".

Josef Mengele usou Auschwitz como uma oportunidade, usando prisioneiros para a experimentação humana. Os experimentos não tinham qualquer consideração pela saúde ou segurança das vítimas. Estava particularmente interessado em gêmeos idênticos, pessoas com heterochromia iridum (olhos de duas cores diferentes), anões e pessoas com anormalidades físicas.

Mas ele gostava mesmo era de gêmeos. Quando chegavam ao campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, irmãos desse tipo eram logo separados dos prisioneiros. Recebiam “regalias”: exames de saúde, refeições mais completas, brinquedos, acomodação isolada. Mas logo a tortura começava…

Ele extraía amostras sanguíneas diariamente. Às vezes, injetava o sangue de um irmão no outro e anotava as reações. Outro experimento era causar a mortes simultâneas em gêmeos. Para isso, injetava clorofórmio no coração deles.

Mengele também pretendia aumentar o índice de gêmeos na população. Se eles representavam a raça considerada superior pelos nazistas, podiam povoar mais rapidamente o mundo com seres “puros”. Dessa forma, no campo de concentração, ele obrigava irmãs gêmeas a ter relações com irmãos gêmeos – e até casais de gêmeos a fazer sexo entre si.

Em 1979 morreu por afogamento enquanto nadava em Bertioga, no litoral de São Paulo, no Brasil, e foi enterrado sob um nome falso. Seus restos foram desenterrados e identificados através de um exame forense em 1985.



04- Transplante de Cabeça

Em fevereiro do ano de 2015, o mundo todo entrou em choque ao descobrir que o médico italiano Sergio Canavero pretende realizar o primeiro transplante de cabeça até o final dessa década. Muitas perguntas foram feitas tanto no âmbito científico quanto no religioso. Eu falei muito sobre o assunto já aqui no canal e as últimas notícias mostram que médicos chineses conseguiram fazer um corte na medula espinhal de cachorros e eles voltaram a andar depois de semanas!

Quase 90 anos atrás um experimento dava os primeiros passos na direção de um transplante de cabeça. Em 1928, o médico russo Sergei Brukhonenko criou uma máquina chamada Autojector, que exercia as funções de coração e pulmão. Com ela, foi possível manter viva a cabeça de um cachorro por algumas horas! A cabeça respondia a estímulos e até se alimentava (ou quase isso, já que a comida não tinha pra onde ir depois de engolida). O experimento foi filmado e está disponível na internet.

Em 1970 o médico norte-americano Robert White realizou um transplante de cabeça de um macaco a outro. O animal permaneceu com vida durante nove dias, embora dificilmente poderíamos chamar de "vida" o seu estado, já que por causa do corte na medula espinhal, o macaco não pôde sentir seu corpo nem movê-lo. Quem estava presente diz que, pelas suas expressões, o bicho parecia confuso e cheio de dor...

Vamos aguardar, ver se Canavero e sua equipe consegue realizar o primeiro transplante de cabeça, algo que pode revolucionar o mundo.

A operação é muito complicada, mas tudo se resumo a dar o corte elegante

03- Vômito e a Febre Amarela

Dr. Stubbins Ffirth
Durante o início do século XIX, o Dr. Stubbins Ffirth resolveu ir um pouco longe demais para provar a sua teoria. Ao notar que a febre amarela era muito comum no verão e desaparecia no inverno, Ffirth concluiu que a doença não era contagiosa e que, em vez disso, ela era causada por uma série de fatores estimulantes.

Para provar que estava certo, o médico da Pensilvânia precisava se expor o máximo possível à febre amarela e mostrar que não havia sido infectado. Por isso, Ffirth fez pequenos cortes em seu braço e derramou, sobre eles, o vômito com sangue dos enfermos. Resultado: ele não ficou doente.

Posteriormente, Ffirth também pingou gotas do característico vômito da doença em seus próprios olhos, além de ter inalado o vapor gerado ao ferver um pouco da mesma substância. Como se não bastasse, o cientista kamikaze também bebeu copos de vômito e, mesmo assim, não contraiu a doença.

Como continuou saudável, o médico concluiu que a doença não era contagiosa e, infelizmente, Ffirth estava errado. A febre amarela é sim contagiosa, mas precisa ser transmitida diretamente na corrente sanguínea da vítima para infectá-la, o que normalmente acontece pela ação de mosquitos. Mesmo assim, levando em consideração tudo o que médico americano fez para se infectar, foi um verdadeiro milagre ele ter sobrevivido.

02- Campo 731: A Maldade Humana

A Unidade 731 era a divisão responsável pelo programa de guerra biológica do Japão, liderada pelo médico Shirô Ishi. Localizada no distrito de Pingfang, na cidade de Harbin, no estado fantoche de Manchukuo (nordeste da China). Operou durante a Segunda Guerra Mundial e Segunda Guerra Sino-Japonesa (1937-1945) e foi responsável por alguns dos crimes de guerra na China e outros países da Ásia, numa das maiores atrocidades realizadas pelo exército imperial japonês.

Shirô Ishi era um médido e fez as mais bizarras experiências com humanos na unidade 731, sempre usando cobaias humanas que eram anti-japoneses. Acredita-se que tenham morrido mais de 3.000 pessoas na Unidade 731.

Ele chamava estas pessoas de "tronco", pois não falavam a língua japonesa e por isto nem capacidade de se comunicar com o povo perfeito tinham, assim não sentia dor alguma ao utilizar crianças, bebês, homens, mulheres ou idosos, pois para ele não eram seres humanos.

Injeção de ar, para ver a evolução das embolias, Utilização de pessoas em câmaras de vácuo, Infectar suas cobaias com doenças de todos tipos, Choques elétricos e até autópsias e dissecações em indivíduos vivos, sem nenhum tipo de anestesia, foram feitos nos "troncos".

Quando a guerra acabou, o complexo foi completamente destruído, na esperança de que a verdade nunca viesse a toda. Mas a verdade veio a tona em 1989, com a descoberta de cadáveres no subsolo da cidade de Tóquio por operários. Muitas pessoas vieram a publico e revelaram o que acontecia no complexo.

É uma das histórias mais tristes da história mundial, e foi transformado em filme pela China/Hong Kong, para que o mundo saiba do que nós, humanos, somos capazes de fazer. Campo 731: Bactérias – A Maldade Humana é o nome dado em português para o filme chinês/Honn Kong Hei tai yang 731, mais conhecido como “Men Behind the Sun” de 1988.

Um dos prédios da Unidade 731, em Harbin, aberto à visitação.


01- MK-Ultra: O Experimento de Controle Mental da CIA

Já pensou criar assassinos programável, que você dá um comando, a pessoa vai lá, mata alguém e depois não sabe nada do que fez? Fazer uma pessoa confessar tudo o que sabe? C E mais, realizar tudo isso em pessoas que nem sabem o que está acontecendo? Esse foi o objetivo dos programas de lavagem cerebral, que começou na Rússia, foi para a China e posteriormente os EUA, com o projeto chamado MKUltra de 1953.

O MKUltra explorou muito o uso do LSD, uma droga que mudava completamente as pessoas.

Em 1964, o MKUltra foi rebatizado de MK-Search e novos subprojetos foram incluídos. Apesar da mudança de nome, o projeto ficou conhecido pelas pessoas como MKUltra.

Com o passar do tempo e com o projeto já em prática, que se desenvolveu praticamente durante mais de duas décadas inteiras (entre os anos 50 até o ano de 1973), as ambições começaram a crescer cada vez mais, ao ponto de gastar milhões e milhões de dólares nele. De fato, em determinado momento, o Projeto MKULTRA chegou a consumir 6% de todo o orçamento da CIA.

Você gostaria de ser cobaia nesses experimentos? Ninguém queria, assim a CIA teve de quebrar sua regra de só realizar experimentos fora dos EUA e realizar dentro dos EUA, em pessoas que nada sabiam do ocorrido, como doentes mentais, negros, pessoas com depressão, soldados rasos, prostituas, indigentes entre outros. Evidentemente que sem consentimento prévio algum, de forma secreta e totalmente ilegal.

Oficialmente o projeto acabou em 1973, mas para muitos ele continua até hoje...

Documento MK-Ultra


Fontes (acessadas em 23/10/2018):
- AssombradO.com.br: MK-Ultra: O Experimento de Controle Mental da CIA
- AssombradO.com.br: Transplante de Cabeça: Revolução científica ou pura Fantasia?
- AssombradO.com.br: Campo 731: Bactérias – A Maldade Humana
- Megacurioso: 6 EXPERIÊNCIAS MÉDICAS SUPERSINISTRAS
- SuperInteressante: 8 experimentos cruéis do nazista Josef Mengele em Auschwitz
- Wikipedia.pt: Josef Mengele

quarta-feira, 18 de março de 2015

Em um dia de 1979, Centralia deu-se conta da verdadeira magnitude do perigo que levava anos ardendo sob seus pés. O proprietário de um dos postos de gasolina do povoado introduziu uma vara metálica em um dos tanques subterrâneos para comprovar seu nível de combustível. Havia feito milhares de vezes, mas nessa ocasião surpreendeu-lhe o quente que estava a vara quando a tirou. Desconcertado, decidiu comprovar a temperatura com um termômetro... Algo estranho acontecia, ao tirar o termômetro, este marcava 78°C.

Cartaz de advertência sobre o fogo

Ninguém sabe com total certeza como começou o princípio do fim de Centralia. Embora parece ser que foi em maio de 1962 em um aterro de lixo situado nas periferias do povoado. Como fazia todos os anos, a prefeitura havia contratado os serviços de uma empresa de controle de incêndios para que limpasse o aterro. Em outros anos, quando o depósito de lixo se encontrava em outro local, não havia tido problemas. Em 1962, no entanto, o aterro ocupava uma antiga mina a céu aberto abandonada.

Mapa de Centralia.

Centralia, como a maioria das cidades do nordeste da Pensilvânia, havia se dedicado durante muito tempo à mineração da inflamável antracite (quem tem a característica de quando em combustão, soltar chamas quase invisíveis) . Em 1962, com o progressivo abandono do carvão como meio de calefação em favor do gás e petróleo, a maioria das minas começaram a deixar de ser rentáveis e começaram a serem abandonadas. No entanto, Centralia ainda contava com uma população de aproximadamente 1.400 pessoas.

Uma das minas de carvão em 1864.

Como haviam feito outras vezes, os bombeiros amontoaram o lixo em um dos recantos do aterro e atearam fogo deixando arder durante um momento. Depois, apagaram as cinzas com uma mangueira. Era o habitual, mas desta vez, o fogo não se extinguiu corretamente, mas sim que seguiu queimando no subsolo e alcançou através de um buraco, uma mina vizinha abandonada de carvão. Antes de entrar em funcionamento, o aterro havia sido inspecionado para assegurarem que que todos os buracos de antigas prospecções que haviam no chão fosse selados com material incombustível para evitar precisamente isto. No entanto, ao que parece, ninguém consertou o buraco pelo qual o incêndio se estendeu até a mina.

Centralia em 1906.

Em um princípio, o fogo poderia ter sido extinguido facilmente, simplesmente, escavando totalmente a zona afetada. Segundo parece, um engenheiro de minas ofereceu-se para fazê-lo por apenas 175 dólares. Mais tarde, outro mineiro do povoado também se ofereceu e por um preço ainda menor, apenas em troca de uma parte do carvão. No entanto, o incêndio havia se convertido em um assunto estatal e um emaranhado burocrático impedia tomar as decisões de forma rápida. À medida que passava o tempo, o fogo mais se estendia e a possível solução mais cara ficava e se complicava.


Exploração mineradora em 1963.

Em julho daquele ano, o Departamento do Meio Ambiente levou a cabo uma série de sondagens para comprovar o alcance e a temperatura do incêndio. Alguns, no entanto, pensam que estas perfurações não fizeram mais que piorar à combustão ao proporcionar ao fogo uma via de ar natural. Também, são muitos os que criticam a maneira, um tanto desorganizada, como foi levada à luta contra o fogo. Em muitos casos, as valas eram escavadas usando a própria fumaça que se desprendia do chão como guia, quando o mais normal seria realizar antes algumas perfurações para determinar qual era o local mais adequado.

Trecho abandonado e fumegando (em dias frios) da Rota 61.

Com frequência acontecia, que quando acabavam de escavar uma vala, o fogo já havia passado ao outro lado. Tony Gaughan, autor do livro "Slow Burn" ("Queima lenta"), culpa o fracasso dessa estratégia à lentidão com que levavam a cabo os trabalhos. Empregavam um único turno, em vez de três e além disso, guardavam todas as festas e feriados. Um ritmo mais próprio de um trabalho rotineiro do que de uma emergência.

Avenida Locust em 1961 e 2001.

Em 22 de maio de 1969, tiveram que evacuar as três primeiras famílias de Centralia. Naquele mesmo ano, começaram a experimentar uma técnica diferente: injetar água com cinzas volantes (cinzas de combustível pulverizadas), areia úmida e argila sobre o incêndio para formar uma barreira que bloqueasse a passagem do oxigênio e "sufocasse" o fogo. Ao mesmo tempo, escavavam uma pequena vala que poderia ter posto a situação sob controle. No entanto, parece que um problema relativo a atribuição de fundos entre o governo do estado e o condado, atrasaram as duas tentativas. Enquanto, o fogo seguia se estendendo.

East Cenbter Street em 1986.

East Center Street 20 anos depois, em 2006.
Embora, em um primeiro momento, a maioria dos habitantes de Centralia haviam preferido ignorar a existência do fogo e minimizar sua verdadeira magnitude, as coisas mudariam durante a década de 1970, quando o monóxido e o dióxido de carbono começaram a entrar nas casas e os habitantes começaram a adoecer. A temperatura nos porões de muitas casas era tão alta que não precisavam de caldeiras d'água, o sistema comum de calefação nos EUA.

Gases saindo do subsolo.


O Departamento do Meio ambiente de Pensilvânia reagiu instalando detectores de gases na maioria dos lares da zona mais quente. Mas apesar da gravidade da situação, alguns habitantes recusaram a instalação dos detectores. Não queriam ser escravos de uma máquina, afirmavam. Outros, no entanto, preferiram comprar canários como contra-medida natural para detecção de gases. Se o pássaro desmaia ou morre, é sinal de que está na hora de fugir.

Gases do incêndio saindo do subsolo

Em 1980, após quase 20 anos de luta contra às chamas, o fogo seguia queimando e foi preciso transladar a outras 27 famílias para fora do povoado. Mas foi no ano seguinte quando um acidente fez disparar os alarmes definitivamente:

Uma das chaminés próximas do cemitério de Oddfellows.

Todd Domboski salvo do inferno

Foi em 14 de fevereiro de 1981, um sábado, quando a terra se abriu sob os pés de Todd Domboski, uma criança de 12 anos. Era um buraco de mais de um metro de diâmetro e de 46 de profundidade.
Naquele dia, algo estava acontecendo. Um grupo de pessoas importantes estava excursionando pela cidade. Eles eram na verdade políticos do estado da Pensilvânia que foram se reunir com funcionários da prefeitura de Centralia. Em uma cidade pequena, as notícias voam, e Florence Domboski enviou seu filho, Todd, em uma missão para determinar por que os forasteiros estavam lá.

Todd Domboski caiu em um buraco como este em 1981.

Ao longo do caminho, Todd notou colunas finas de fumaça saindo de uma área gramada, perto de uma árvore. Isto despertou a sua curiosidade, e ele andou para verificá-la. De repente, a terra se abriu debaixo dele. Ele afundou até os joelhos em um poço lamacento em meio à fumaça. Quanto mais ele se esforçava para se agarrar em algo e tentar sair, mais o chão se desmoronava.

Os gases vazavam provenientes do fogo da mina, e ele começou a gritar por ajuda. O tempo todo, ele foi afundando gradativamente até a cabeça, ficando a vários metros abaixo da superfície. Enquanto afundava, Todd conseguiu agarrar uma raiz exposta da árvore que estava nas proximidades. Ele continuou gritar por ajuda enquanto se segurava lutando por sua vida.

O primo dele, Eric Wolfgang apareceu em cena e foi capaz de puxar Todd para fora. Ele saiu coberto por lama quente, mas fora isso ele estava bem. Todd poderia muito facilmente ter morrido naquele dia. Análises posteriores mostraram que o buraco estava expulsando quantidades mortais de monóxido de carbono. Se ele tivesse permanecido lá por apenas alguns minutos mais, a asfixia teria provavelmente ocorrido e se houvesse caído até o fundo, morreria quase de maneira instantânea por causa da grande quantidade de gases acumulados na parte mais profunda.

O afundamento do terreno e a formação de imensas rachaduras era outro dos perigos que o incêndio oferecia ao povoado, à medida que o carvão era reduzido a cinzas abrindo espaços vazios.

Todd Domboski na época do acidente.

O incidente, que atraiu a atenção dos meios a nível nacional, acabou por dividir Centralia em duas. De um lado, os partidários da evacuação das pessoas e do outro, os que não queriam ir embora. Em 1983, um estudo independente afirmava que o incêndio era muito maior do que se pensava e já havia chegado ao subsolo do povoado. Foi recomendada a escavação de uma vala que cruzasse a cidade de norte a sul, dividindo-a em duas, o custo era de 62 milhões de dólares e não havia garantia de sucesso. A outra opção, era escavar totalmente a zona afetada, era mais segura, mas seu alto custo, mais de 650 milhões, descartava essa tentativa.

Ante esta situação, finalmente o governador propôs um plano voluntário de desalojamento e compra de todo o povoado. A proposta foi votada em referendo e os proprietários de Centralia aceitaram-na por 345 votos a favor e 200 em contra. O Congresso dos Estados Unidos contribuiu os 42 milhões de dólares necessários para comprar todas as casas, demoli-las e realocar os habitantes.

A evacuação de Centralia

A maioria dos habitantes, mais de 1.000, foram realojados em vilas próximas de Mount Carmel e Ashland. Foram demolidas mais de 500 edificações. No entanto, algumas poucas famílias, 63 moradores, preferiram ficar, não estavam dispostos a abandonar suas casas, pese às advertências oficiais. Não acreditavam que o fogo constituísse um perigo real para a parte da cidade em que eles estavam. Além disso, eram bastantes os que achavam que tudo era um complô do governo e sas companhias mineradoras para lhes arrebatar os seus direitos de extração, que eles haviam estimado estar em torno de vários milhares de milhões de dólares. Pois apesar de tudo, que o governo foi capaz de extinguir um fogo similar em um município próximo, por que descartou o emprego desses métodos em Centralia?

Uma das casas que foi habitada até 2006.

A primeira casa foi demolida em dezembro de 1984. Naquele momento, havia fogo embaixo de 140 hectares. Em 1991, já eram 250 o número de hectares afetados. Naquele ano da década de 1990, o governo do estado comprou outras 26 casas situadas a oeste da cidade, junto à Rota 61. No ano seguinte, 1992, o governador da Pensilvânia decidiu desapropriar o resto de casas e terrenos que restavam, ao considerar que o fogo havia se convertido em um perigo grande demais. Os irredutíveis habitantes que restavam, recorreram a decisão ante a justiça, mas fracassaram. No entanto, não se foram, ficaram convertidos em ocupantes ilegais do que havia sido os seus lares, embora com a vantagem de não ter que pagar impostos nem tampouco aluguel já que as casas não eram mais suas.

Comparando antes e agora.

Em 1997, só restavam 44 pessoas, uma população que foi minguando pouco a pouco desde então. Em 2000 eram apenas 21 pessoas de 7 famílias que ocupavam 10 casas. Quatro anos mais tarde, em 2004, havia uma casa e menos de três habitantes.

Na atualidade, não existe nenhum plano para combater o fogo, que segue se estendendo sem controle. Espera-se que dentro de 100 anos alcance os 1.500 hectares. As predições são que, a partir de então, ainda queime outros 150 anos mais até acabar o combustível. Sobre a superfície, Centralia tem mais a aparência de um campo com ruas asfaltadas do que de um povoado. Suas ruas e calçadas encontram-se cobertas por ervas daninhas, embora há algumas que parecem ter sido aparadas e limpadas.

Trecho da rodovia 61.

cresceram árvores novas e mal restaram algumas casas de pé, das quais apenas cinco estão ocupadas por moradores, o resto de construções foram demolidas pela ação do homem ou da própria natureza. A igreja que restou no povoado (que chegou a ter onze igrejas), e que não foi afetada pelo incêndio, continua celebrando os serviços dominicais e também se encontram em bom estado os quatro cemitérios (Apesar de um deles têm suas lápides afundando na terra) e o prédio da prefeitura.

Igreja de Centralia.

Prédio da prefeitura de Centralia.

Um dos cemitérios de Centralia, perfeitamente intacto.
No cartaz: "Mantenha-se fora - Mantenha-se vivo. Minas e pedreiras não são Playgrounds - Não invada - Invasores serão processados."

Atualemnte, à simples vista, os únicos sinais visíveis do fogo que queima sob a terra são várias chaminés metálicas na parte sul do povoado, além das placas que avisam do perigo do fogo subterrâneo, do chão instável ou do monóxido de carbono. Também na parte sul, pode se ver a fumaça e o vapor saindo de uma rachadura no trecho da Rota 61 e através das numerosas fendas que há por toda a zona próxima. Após vários reparos, este trecho da rodovia foi fechado ao tráfico em meados dos anos 90, quando foi construído um desvio para evitar a zona problemática.

Rota 61.

Após anos de atraso, o governo da Pensilvânia parece estar decidido a acabar com a situação dos irredutíveis moradores que ainda resistem no povoado. Alguns não dão muita importância a esta tentativa e acham que não acontecerá nada como da outra vez. Especialmente, os de idade mais avançada acreditam que poderão acabar os seus dias no povoado que viu eles nascerem. A dia de hoje, em fevereiro de 2015, não há notícias de que tenham sido desalojados.

Rota 61.

De qualquer jeito, espera-se que muitos dos antigos habitantes regressem ao povoado em 2016, embora seja apenas por um dia, para abrir uma cápsula do tempo enterrada em 1966 próxima do monumento dos veteranos.

A cápsula do tempo que será aberta no ano que vem, 2016, pelos ex-moradores de Centralia.

Para onde foi o fogo de Centralia?

Atualmente, muitos internautas da web EUA, comentam que a "fumaça" de Centralia desapareceu. Antes de mais nada, é importante frisar que o que parece ser fumaça, não é bem apenas fumaça, mas sim vapor d'água dos subterrâneos super-aquecidos pelo fogo. Isso não significa que os gases que emanam na superfície sejam inofensivos. Muito pelo contrário, o vapor está frequentemente misturado com dióxido de carbono e monóxido de carbono.

Imagens como esta, só em dias frios.

Hoje, o incêndio da mina de Centralia mudou sua localização original que estava perto do cemitério Odd Fellows. Na verdade, existem três, zonas principais de queima: uma perto da extremidade ocidental da rua sul (South Street), outra à oeste da antiga Rota 61, e uma final a leste perto de Grande Mina Run Road. A mais fácil para explorar é a área no fim da South Street. Para procurar pelo vapor, é melhor visitar o lugar em um dia fresco depois de ter acabado de chover. Isso faz com que o final de outono e o início da primavera sejam épocas ideais para se ter um vislumbre dos famosos montes fumegantes de Centralia.

As seguintes fotos são de Centralia tomadas no dia 25 de janeiro de 2015:

Foto mostrando formações de gelo geradas pelo vapor vindo das profundezas.



Pesquisa/Tradução/Adaptação: rusmea.com & Mateus Fornazari

Fontes:
http://www.centraliapa.org/mine-fire-nearly-killed-todd-domboski/
http://www.offroaders.com/album/centralia/centralia.htm
http://www.imdb.com/video/withoutabox/vi3385393945?ref_=nm_rvd_vi_1
http://www.myunusual.com/downloads/CentraliaC.html

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Okiku


A boneca Okiku está custodiada no templo Yorozunen da religião Joudo-shuu, localizado na cidade de Kurisawa, município de Sorachi, Hokkaidou, Japão.

A origem da boneca do templo Yorozunen é a seguinte:

No ano de 1918 (Ano 7 do período Taishou), foi realizada na cidade de
Sapporo a Exposição Taishou. Durante a exposição, uma boneca foi comprada nas lojas Tanukikoji, para ser presenteada a uma irmã mais nova chamada Kikuko, que havia ficado em casa. A boneca possuía um corte de cabelo em estilo "Kappa", ou seja, um tipo de corte na altura das orelhas parecido
com o corte de cabelo chanel e era um modelo até moderno para a época, pois o
brinquedo soava quando o peito era pressionado.

Kikuko ficou muito feliz com o presente, tanto que ela brincava todos
os dias com a boneca, mas desafortunadamente, no dia 24 de janeiro de
1919, ela falece com a idade de 3 anos vitimada por uma doença. No seu
funeral, esqueceram de colocar o objeto de sua estima no caixão e ao
encontrarem a boneca mais tarde, decidiram guardá-la junto das cinzas
da menininha e consagrá-la no altar familiar.
A família nos seus afazeres domésticos, sempre lembrando da dolorosa
perda da manhã à noite, acaba por notar que os cabelos da boneca
cresciam com o passar do tempo.

O relato acima, teria sido supostamente escrito por Eikichi Suzuki.

Impressões iniciais sarcásticas dos autores do post original

Essa boneca tinha os cabelos na altura das orelhas inicialmente, e após crescerem até os ombros, teriam continuado crescendo até a sua cintura.
Após o templo custodiar o brinquedo, seus cabelos continuariam crescendo até os dias de hoje, tanto que algumas vezes, os seus cabelos teriam sido cortados.
A alma de uma criança morta aos 3 anos, teria se transferido ao brinquedo...
Tomando emprestado o *nome da proprietária da boneca, a família a batizou de "Boneca Okiku".
Uma história misteriosa e triste...

As implicações e pesquisas do autores do post original

De vez em quando, a imprensa volta a tratar do caso da "boneca que cresce os cabelos", mas como é possível que um brinquedo guardado em um pequeno templo localizado em um cantinho obscuro de uma província longínqua como Hokkaidou, pôde se tornar tão famosa em todo o Japão?

Segundo a reportagem do Sr. Takehiko Koike estudante de história de fantasmas, publicado na revista Takara Jima, número 415 "O Novo compêndio de desmantelamento de casos estranhos da atualidade", essa pergunta é respondida e aqui apresentamos de modo resumido:

Primeiro artigo

Segundo o Sr. Koike, o assunto da boneca foi primeiramente abordado no semanário voltado para o público feminino "Shuukan Josei Jishin" de 6 de agosto de 1962. O autor do artigo, o jornalista Yutaka Mabuchi do jornal "Hokkaidou Housou", visitou junto de um monge, a casa do Sr. Eikichi Suzuki naqueles dias.
Segundo esse artigo, quem pediu para o templo albergar a boneca no ano de 1918, foi o próprio pai do Sr. Suzuki (Autor do primeiro relato) e se chamava Joshichi Suzuki.

Após a consagração da boneca ao templo, o Sr. Joshichi mudou de cidade e seu rastro foi perdido. Quem primeiro percebeu que os cabelos da boneca haviam crescido, foi o monge do templo, 3 anos após o brinquedo ter sido guardado em uma caixa. Ele contou que certa noite teve um sonho, onde aparecia o Sr. Joshichi de pé ao lado de sua cama, banhado em suor e pedindo para o monge: "Por favor...Corte os cabelos da minha filha..." O monge então verifica a boneca na caixa e constata que seu cabelo havia crescido consideravelmente.

No entanto o nome da menina nesse artigo não está como Kikuko, mas sim, como Kiyoko.
Em que se pode considerar que a grande mídia na época, deveria chamar a boneca por outro nome, baseado no nome verdadeiro da menina. Apesar de que esse detalhe não é tão importante, o conteúdo difere bastante do que é contado hoje em dia.

Segundo artigo

Ainda por cima o jornalista Yutaka Mabuchi, escreve um novo artigo para a revista "Young Lady" em 15 de julho de 1968, mas no entanto, o conteúdo é diferente do escrito por ele mesmo, 6 anos antes.
Nesse novo artigo, consta que na Exposição Taishou, quem comprou a boneca foi Eikichi Suzuki (Autor do primeiro relato) e nesse ponto do novo artigo, é contado o episódio da compra da boneca. Entretanto, a boneca teria sido consagrada ao templo no ano de 1938, pouco antes do Sr. Joshichi Suzuki ter ido trabalhar nas minas de carvão da cidade de Minatochou, região de Mooka na então província de Karafuto.

E ainda, o monge descobriu que os cabelos da boneca haviam crescido na primavera de 1955, durante uma grande limpeza do templo. Ou seja, que segundo esse novo artigo, ninguém teria percebido que seus cabelos haviam crescido durante 17 anos.

E por fim, o nome Kikuko aparece como o nome da menininha e pela primeira vez aparece o nome Okiku, com a nota sobre o seu nome ter derivado do nome da proprietária.

*(Nota: Na verdade o nome da boneca é apenas Kiku, crisântemo em português originário do nome Kikuko ou criança dos crisântemos. A partícula O, comumente adicionada no início de certas palavras em japonês, quer dizer algo como Honorável.
Aproveitando a nota, é necessário aclarar que figuram em vários sites que a boneca teria aberto a boca com o passar dos anos...Na verdade, a boneca sempre teve a boca nesse formato, que é por onde sai o som quando seu peito é pressionado. NDT.)

As contradições do jornalista que criou a lenda

Tão estranho quanto os cabelos de uma boneca crescerem, são os conteúdos de artigos escritos pelo mesmo jornalista mudarem tanto em tão poucos anos.
Conforme pesquisamos, descobrimos que há várias descrições duvidosas no artigo do jornalista Yutaka Mabuchi:

Em 1918, não houve uma inauguração da exposição Taishou. A inauguração se deu na exposição de Hokkaidou em comemoração do aniversário de 50 anos de abertura de estradas. Essa exposição foi do dia primeiro de agosto ao dia 19 de setembro de 1918.
Na província de Karafuto, existia a região de Mooka, mas não existia lugar de exploração de carvão em uma cidade com o nome de Minatochou. Segundo o índice de minas de carvão na Wikipédia, não figura uma região chamada de Mooka. (Apesar de existir a mina de Mooka localizada em Kyuushu, ao sul do Japão...)

Portanto, somos obrigados a concluir que os dois artigos escritos por Yutaka Mabuchi carecem de credibilidade. (Basicamente, o semanário "Shuukan josei jishin" sempre foi um depósito de artigos de fofocas...Só para terem uma ideia, o título sem noção do artigo no semanário era: "Oh! Essa voz era a de um fantasma...").

Depois disso, no dia 5 de agosto de 1970, o Jornal Hokkaidou publicou uma coluna intitulada "A história fantasmagórica da boneca Okiku" e o conteúdo "sobre a origem da boneca do templo Yorozunen" é praticamente o mesmo do relato acima. Com isso, a "origem da boneca Okiku" foi completada, mas grande parte foi baseada no segundo artigo do jornalista Yutaka Mabuchi, no entanto, os detalhes foram excessivamente alterados, como por exemplo: "No espaço da manhã à noite, seus cabelos cresciam", uma observação com propositais conotações religiosas.


Apesar das circunstâncias que impedem o leitor de tragar a história sobre a origem da boneca...De fato, seus cabelos cresciam. Como explicar esse fenômeno?
Pesquisando um pouco, o resultado é que acontece com muita frequência que cabelos de bonecas aparentemente cresçam ou aparentem ter crescido.

Os cabelos da boneca e explicação para o suposto crescimento

A boneca Okiku é um modelo Ichimatsu e no passado, se tornaram o brinquedo preferido de meninas, abundando por todo o Japão. Os cabelos utilizados nesse modelo, eram humanos até pouco antes da Segunda Guerra Mundial. (Apesar de que mesmo possuindo tecnologia para criar cabelos artificiais hoje em dia, alguns modelos caros ainda utilizam cabelos verdadeiros.) e no caso da boneca Okiku, acredita-se que foram utilizados cabelos de criança para confeccioná-la.

O uso de cabelos humanos com essa finalidade, pode provocar repulsa em algumas pessoas, mas vale dizer que não se trata de cabelos de gente morta. Naquele tempo, para completar a renda, era comum que mulheres vendessem os seus cabelos que eram utilizados em confecções de perucas e também de bonecas.

Acontece que os métodos de produção na época não eram padronizados e eram bastante artesanais, tanto que as bonecas prontas passavam um tempo nos depósitos das fábricas, aguardando o cabelo assentar para serem uma vez cortados antes de comercializá-las. Ou seja, que de uma boneca recém criada para uma boneca que havia passado um bom tempo no depósito, haviam variações aparentes no comprimento dos cabelos, já que não haviam se estabilizado, dando a impressão de que haviam crescido.

Ainda por cima, os fios de cabelo eram aplicados na superfície da cabeça da boneca, em forma de letra U, cuja parte mais profunda desse arco feito com o fio de cabelo, era fixado na cabeça da boneca com um fio de linha, restando soltas as duas pontas.
Com o passar do tempo, o fio se desloca apenas para um lado, criando a visível impressão de que os cabelos cresceram. O "fenômeno" natural, era ainda mais agravado quando meninas penteavam, acariciavam e puxavam os cabelos do seu brinquedo favorito. Confira na imagem.
Aparentemente, a boneca Okiku não era um modelo muito caro e esta explicação tem uma grande possibilidade de se encaixar no caso.

Mais inconsistência causada pelo jornalista Mabuchi

No entanto, uma boneca que inicialmente teria os cabelos na altura das orelhas, os mesmos alcançariam a sua cintura?
Verificando a incompatibilidade nos artigos do jornalista Yutaka Mabuchi, até mesmo esse detalhe é inconsistente.
Pesquisando sobre as bonecas Ichimatsu, descobrimos que a grande maioria sempre possuiu os cabelos na altura dos ombros ao peito e as com cabelos na altura das orelhas, eram raras.

Apesar de todas estas explicações, restam ainda algumas questões específicas como por exemplo, de que modo os fios de cabelos foram fixados? Qual o nome verdadeiro da proprietária? Essas indagações só poderiam ser respondidas, visitando o templo e analisando a boneca bem de perto e portanto, não podemos dar um veredito definitivo sobre o caso.

Apesar de não podermos afirmar que a história da boneca Okiku é uma grande farsa, não podemos concluir este artigo sem ficar com a impressão de que o jornalista Yutaka Mabuchi alterou drasticamente o caso, criando uma lenda forçada em volta do brinquedo

Especificamente estas partes podem ter sido forçosamente alteradas por Mabuchi:

O comprimento dos cabelos da boneca chegava aos ombros, mas para reforçar a ideia de que "haviam crescido", contou que o corte de cabelo era um chanel curtíssimo. 
Para aumentar a credibilidade, a história que passa no período Showa (1926-1989), foi colocada como sendo do período Taishou (1912-1926). 
A parte do relato em que o pai da menina aparece em sonho ao monge, é um clichê forçado e batido de história de fantasmas. 
O nome da proprietária e da boneca foram alterados para Okiku/Kikuko. (Uma tentativa de induzir o leitor a associar o nome com o da personagem Okiku da clássica história de fantasmas "A casa dos pratos".)

Falando de modo mais direto, após o templo Yoruzunen acolher a boneca, seus cabelos realmente cresceram?
Existem muitos livros e sites dizendo que os cabelos da boneca continuam crescendo até os dias atuais, mas na verdade, os cabelos não cresceram absolutamente nada do que afirmam.

Isso é ainda mais evidente quando se compara as fotos antigas com as mais recentes e se percebe que tanto o volume quanto o comprimento não se alteraram em muitos anos...E a propósito, não se encontra em nenhum lugar, uma única fotografia da boneca com os cabelos ainda curtos, sejam do começo da história ou após os monges terem supostamente cortado os seus cabelos.


Só quem pode saber da verdade, seria a própria boneca Okiku...

Tradução/Adaptação/Investigação: rusmea.com & Mateus Fornazari

http://blogs.yahoo.co.jp/to7002/33194958.html
http://nikkan-spa.jp/1763
http://www.nazotoki.com/okiku.html
http://ja.wikipedia.org/wiki/%E5%B8%82%E6%9D%BE%E4%BA%BA%E5%BD%A2